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1.
The Brazilian Journal of Infectious Diseases ; 26:102433, 2022.
Article in Portuguese | ScienceDirect | ID: covidwho-2007484

ABSTRACT

Introdução Entre os casos diagnosticados de SARS-CoV-2, apesar de crianças e adolescentes serem os menos acometidos, no Brasil foram registrados cerca de 2.500 óbitos por Covid-19 nesta população. Em Botucatu/SP, a tendência de casos e internações nessa população merece ser investigada, considerando a influência da vacinação em massa dos munícipes adultos em mai/2021, do retorno às aulas presenciais em ago/2021, do surgimento da ômicron em dez/2021 e do início da vacinação em crianças em fev/2022. Objetivo Analisar a tendência e o perfil clínico e epidemiológico dos casos de Covid-19 registrados em Botucatu-SP em crianças e adolescentes, no período de março de 2020 a março de 2022. Método Trata-se de estudo descritivo a partir dos dados de vigilância epidemiológica do município (E-sus, SIVEP-gripe e Vacivida), utilizando Modelo de Regressão de Poisson, Teste T e Gamma. Foram investigadas informações clínicas e gravidade da doença, para casos suspeitos de SARS-CoV-2 em menores de 18 anos (população estimada: 34.000 habitantes), e internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Resultados De 28129 casos suspeitos de infecção por SARS-CoV-2, 7204 (25,6%) foram confirmados. Cerca de 80% desta população era composta por não vacinados. Sintomatologia esteve presente em 83% dos casos de Covid-19 e maior prevalência foi observada entre dez/2021 a fev/2022. Casos de internação por Covid-19 foram também mais evidentes em jan-fev/2022, e SRAG por outras causas, ocorreu no período anterior, de ago/2021 a jan/2022. Entre os 853 casos notificados de SRAG, 31 (3,6%) eram de Covid-19, acometendo principalmente as crianças de 0-10 anos (83,9%). Em hospitalizados por Covid-19: 38,7% apresentavam comorbidades e 26% necessitaram de UTI (vs 9% SRAG não-Covid-19, p = 0,002);houve maior tempo de internação (7,8 dias vs 5,0 dias, p < 0,001) e a taxa de óbito foi de 3,2% (vs 0,9% SRAG não Covid-19, p = 0,01). Conclusão Apesar da imunidade de rebanho possivelmente refletir em diminuição de casos de Covid-19 em crianças, o retorno às aulas aumentou substancialmente casos de SRAG não Covid, e a ômicron evidentemente contribuiu no maior número de casos de SRAG por Covid-19 nessa população. Portanto, há necessidade de políticas públicas que oportunizem medidas de restrição e diagnóstico precoce de Covid-19, especialmente no ambiente escolar, local de potencial impacto na cadeia de transmissão e que pode impulsionar surtos desta e de outras doenças.

2.
The Brazilian Journal of Infectious Diseases ; 26:102409, 2022.
Article in English | ScienceDirect | ID: covidwho-2007477

ABSTRACT

Introdução Estudos de preditores de mortalidade em Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) têm inferido associações ora a partir de desfechos dicotômicos, ora a partir de modelos tempo-evento. Embora pareçam semelhantes, tais associações têm diferentes significados. Objetivo Identificar preditores de óbito em SRAG e Covid-19, comparando modelos multivariados de desfechos dicotômicos e tempo-evento. Método A partir de banco de dados de pacientes internados por SRAG (SIVEP-Gripe) residentes em Botucatu/SP (mar/2020 a mar/2022), utilizamos modelos multivariados de Poisson com desfecho binomial e modelos de riscos proporcionais (tempo-evento) de Cox para identificar fatores associados ao óbito. Resumidamente, dados demográficos, comorbidades, necessidades assistenciais e vacinas foram incluídos em um modelo único (single-step). Análises foram feitas para casos de SRAG como um todo e para os confirmados para Covid-19 isoladamente. Resultados Foram incluídos 3995 sujeitos, dos quais 1338 testaram positivo para SARS-CoV-2. Foram identificados 866 óbitos, sendo 42,8% deles por Covid-19. No total de casos de SRAG, foram preditores de mortalidade: maior idade, presença de doenças neurológicas, imunossupressão, obesidade e necessidade de suporte ventilatório invasivo, tanto utilizando o modelo de Poisson quanto o de Cox. Entretanto, o teste de Poisson revelou também que eram preditores de mortalidade a necessidade de UTI (RR: 1,624;1,331-1,981) e o diagnóstico de Covid-19 (RR: 1,245;1,058-1,465), sendo que o sexo feminino teve um efeito protetor contra a morte (RR: 0,851;0,727-0,996). Em subanálise para Covid-19, foram preditores, utilizando ambos os modelos: maior idade, presença de doenças neurológicas, necessidade de UTI e de suporte ventilatório invasivo. Entretanto, apenas o modelo de Cox demonstrou que o maior número de doses de vacinas foi um fator protetor de mortalidade (HR: 0,855;0,739-0,989). Conclusão Os achados de modelos preditores dicotômicos e tempo-evento podem diferir, e seu significado depende dos pressupostos epidemiológicos e da questão de pesquisa.

3.
The Brazilian Journal of Infectious Diseases ; 26:102407, 2022.
Article in Portuguese | ScienceDirect | ID: covidwho-2007475

ABSTRACT

Introdução Apesar do padrão-ouro no diagnóstico do SARS-CoV-2 por RT-qPCR ainda ser atribuído à análise de secreções naso-orofaríngea coletadas com swab de rayon, a utilização da saliva pode trazer inúmeros benefícios para a testagem, facilitando a coleta e minimizando custos. Estudos já relataram que ambos os métodos de coleta são equivalentes no diagnóstico, mas nem sempre há correspondência entre os “cycle threshold” (CT), constante que reflete indiretamente a quantidade de vírus presente na amostra. Objetivo Verificar o desempenho diagnóstico de amostras obtidas a partir de secreção naso-orofaríngea e saliva, analisando os valores de CT e correlacionando-os com dados clínicos e status vacinal. Método Foram avaliadas 648 amostras detectadas para SARS-CoV-2, provenientes da saliva e secreção naso-orofaríngea dos mesmos indivíduos, coletadas no mesmo dia. Aquelas coletadas em um intervalo de tempo maior, não foram excluídas, mas não foram pareadas na comparação entre os CT. Na predição de prognóstico, foram realizadas comparações independentes entre as variáveis e os CT dos dois tipos de amostras. Foram utilizados na análise o Teste T-pareado, Anova seguido de Tukey e correlações de Spearman. Para extração do RNA viral de modo automatizado usou-se a metodologia in house baseada em beads magnéticas seguida por RT-qPCR (kit Gene Finder™ 2019-nCoV Assay). Dados clínicos foram extraídos dos sistemas de vigilância epidemiológica do município (E-sus, SIVEP-Gripe e Vacivida). Resultados Prevaleceu entre os incluídos, o sexo feminino (63,8%) e assintomáticos (78,9%), com idade média de 45,6 ± 17,3 anos. A média de CT foi maior nas amostras de secreção (19,67 ± 4,92) em relação a saliva (26,54 ± 5,06, p < 0.001), no entanto, correlação positiva entre os CT de ambos os métodos (p < 0,001) mostrou a equivalência na acurácia do diagnóstico. Somente as amostras salivares mostraram correlação direta entre CT com quantidade de doses de vacina (p = 0,029) e inversa com o tempo de hospitalização (p = 0,005). Para os casos de óbitos (5,56%), houve uma tendência crescente em relação com o baixo CT (p = 0,061). Demais parâmetros não apresentaram diferenças. Conclusão Foi observado que a vacinação contribui para a menor carga viral inferida pelo maior valor de CT e que a utilização da saliva no método de detecção de SARS-CoV-2 é uma alternativa sensível, com melhor custo-benefício e preditora de evolução clínica, sendo, portanto, recomendada para testes de vigilância de Covid-19.

4.
The Brazilian Journal of Infectious Diseases ; 26:102406, 2022.
Article in Portuguese | ScienceDirect | ID: covidwho-2007474

ABSTRACT

Introdução Após a circulação das Variantes de Preocupação (VOC) do SARS-CoV-2, Alpha, Beta, Gamma, Delta e, a atualmente predominante, Ômicron, a ampla cobertura vacinal refletiu na drástica redução nos números de óbitos por COVID-19. Em maio de 2021, o município de Botucatu-SP foi palco de uma pesquisa que avaliou a efetividade da Vacina COVID-19 Recombinante/Fiocruz® contra variantes do SARS-CoV-2, possibilitando imunização de mais de 60 mil pessoas em um único dia. Objetivo Avaliar a dispersão temporal e epidemiológica das variantes do SARS-CoV-2 antes da vacinação massiva que ocorreu em Botucatu, além de relacioná-las às características clínicas da doença. Método Foram selecionadas 400 amostras SARS-CoV-2 positivas, referentes as 4 Semanas Epidemiológicas (SE 16, 17, 18 e 19 de 2021 – sendo 100 amostras por SE) que antecederam a campanha da vacinação em massa. O Sequenciamento de Nova Geração foi utilizado para produzir as sequências e determinar as variantes. Informações clínicas foram extraídas dos relatórios de notificação de casos suspeitos de COVID-19 (E-Sus) e de internação por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sivep-Gripe). Resultados Entre todas as amostras positivas incluídas, 86,8% eram de pessoas não vacinadas. Foram geradas e analisadas 371 sequências de alta qualidade. Dessas sequências, 98,65% foram da VOC Gamma e 1,35% da VOC Alpha. Dentro do clado de Gamma, a variante P.1 foi mais frequente (55%) seguida pela sua sublinhagem P.1.14 (42,3%). Quanto a distribuição das VOCs entre diferentes faixas etárias e sexo, a P.1 foi mais incidente do que a P.1.14 nas de 21-30 anos (p < 0,001) e 51-60 (p = 0,047), e em mulheres (p = 0,002). A incidência desta VOC também foi maior para casos leves da doença (p < 0,001). A sublinhagem P.1.14 foi mais incidente do que P.1 apenas em pessoas com idade entre 81-90 anos (p = 0,034). As amostras com menores valores de CT foram mais associadas aos pacientes sintomáticos (p = 0,005). Não houve correlação entre as variantes e a presença de comorbidades nos infectados, tampouco entre elas e os desfechos clínicos internação ou óbito. Conclusão A alta predominância de P.1 e P.1.14 em um cenário pré-vacinação em massa pode nos fornecer insights sobre a evolução e epidemiologia molecular do SARS-CoV-2 e suas VOCs emergentes. Dessa forma ressaltamos a importância da vigilância genômica do SARS-CoV-2, que pode ajudar a subsidiar as tomadas de decisões dos setores públicos e manejo da COVID-19.

6.
Transpl Infect Dis ; 23(5): e13706, 2021 Oct.
Article in English | MEDLINE | ID: covidwho-1331786

ABSTRACT

BACKGROUND: Kidney transplant recipients have higher COVID-19 associated mortality compared to the general population. However, as only symptomatic patients seek medical attention, the current level of exposure, the main sources of acquisition, and the behavior of humoral immunity over time are poorly understood. METHODS: This cross-sectional prospective single-center study recruited kidney transplant recipients of any age living in Sao Paulo. A sample size of 401 patients was calculated considering the 17.2% seroprevalence in the municipality population from a published survey, a 95% confidence interval and an absolute error of 2%. RESULTS: Of the 2636 eligible patients, 416 were included. The seroprevalence for IgG anti-SARS-CoV-2 was 8.2%. Seroconversion rate decreased with increasing age, from 15.7% (18-35 years) to 8.3% (36-60 years) and 4.2% (>60 years, p = 0.042). Seropositivity among previously confirmed COVID-19 patients was 68.4%, followed by 9.4% in those with flu-like symptoms and only 4.6% among asymptomatic patients (p < 0.0001). Seroprevalence was significantly higher among patients reporting household contact (p = 0.018). Twenty-seven from the 34 IgG+ patients had a second test after 59 (IQR 50-63) days, and, in 33%, the IgG index became below the positivity threshold. CONCLUSIONS: In this cohort of kidney transplant recipients, the seroprevalence for IgG anti-SARS-CoV-2 was lower than that of the general population, decreased with ageing, and was associated with household contacts. In a considerable proportion of the patients, there was a significant decay in the IgG levels in a short period of time. Therefore, preventive strategies, such as prioritization for vaccination, should be urgently considered.


Subject(s)
COVID-19 , Kidney Transplantation , Adolescent , Adult , Antibodies, Viral , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Humans , Kidney Transplantation/adverse effects , Prospective Studies , SARS-CoV-2 , Seroepidemiologic Studies , Transplant Recipients , Young Adult
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